Fui diagnosticada com o ovário policístico com meus 19 anos de idade. A menstruação irregular e a alta produção do hormônio masculino (testosterona), que me causava o aumento de pelos e suor excessivo são uns dos sintomas da síndrome. Logo a ginecologista me passou para a endócrino que me explicou como funcionaria. Teria que tomar o anticoncepcional constantemente para regular a menstruação e evitar que esses cistos aumentem. Também fui informada que teria uma dificuldade de engravidar.

Bem, tomei o mesmo anticoncepcional até os 24 anos, quando minha menstruação voltou a ficar desregulada. Voltei ao médico que me receitou um novo anticoncepcional que voltou a regular minha menstruação. Mas, passado alguns meses, vou a emergência achando que estava com apendicite e o médico olhou na ultrassom um saco gestacional, expliquei ao médico que seria impossível devido a minha situação, ele então me passou outros exames pois poderia ser um mioma. Os outros exames confirmaram que eu estava grávida de 2 meses.
Algo inexplicável, uns acreditam que algum antibiótico cortou o efeito do anticoncepcional, outros acham que devido eu estar perdendo peso e/ou tomando remédio natural para a redução de uns cistos na tireoide pode ter reduzido também os cistos no ovário, mas nada confirmado.
A conclusão que podemos tirar é que o ovário policístico apenas dificulta engravidar mas isso não é a mesma coisa de impossibilitar a gravidez.

Tenho 25 anos, sou estudante de computação e descobri que estou grávida de mais ou menos 15 semanas. E hoje vou contar um pouco da minha história. Namoro há 3 anos e a gravidez foi totalmente não planejada. Para começar, até então, eu sabia que teria dificuldades de engravidar porque aos 19 anos foi detectada que eu tinha ovários policísticos e então iniciei o tratamento com anticoncepcional, ou seja, além de eu ter ovário policísticos ainda tomo anticoncepcional a 6 anos. Então já tinha em mente que talvez até tivesse que fazer tratamento caso decidisse ter um filho.

Foi quando eu me senti mal e fui à emergência e descobri que estava esperando um bebê. A partir desse momento parece que meu mundo caiu. Como seria possível? Fiz outros exames e tudo dizia que sim. Como vou falar para minha família? Todos vão me julgar. E os meus sonhos, como vão ficar? Logo agora que vou me formar. Meu Deus, não tenho emprego! Pensei em milhões de coisas, chorei por várias horas, dias, semanas até que junto com meu namorado decidimos seguir em frente. Por mais que digam que em pleno 2015 é aceitável, não tem como a gente mesmo demorar a se aceitar. E agora estou eu, diabética e asmática, não formada, tentando passar por cada etapa que não é fácil.